Próxima parada?
- Carol Franco
- 24 de mar. de 2015
- 1 min de leitura

Eu entrei dentro do ônibus, cerca de 18:20 da noite. Aquele corpo era meu, mas ali não era eu. Andar pelas ruas me trás mais paz do que deitar no sofá da sala de casa. Olhar as luzes da cidade á noite, fazia meu coração encher de esperanças. Essas que haviam sumido.O ônibus anda, mas as coisas regressavam. Era quase impossível me sentir completa, quando via a minha vida escorrer pelar minha mãos. Família é a base do amor, mas as vezes sufoca. As vezes o excesso de controle, confundido com proteção, se torna venenoso. Uma lágrima escorreu, e a outra eu segurei. Claro que ao por a cabeça no travesseiro é inevitável a avalanche de pensamentos, mas eu já ouvi muito falar que chorar lava a alma. As lágrimas continham sendo sonhos derramados, e vontades sendo enterradas na minha cama. Pressa a Dura realidade, eu ouvia a voz divina '' Você é meu anjo''. E as vezes eu assim me sentia. Talvez as mais belas pessoas sejam destruídas por outras. Talvez os anjos valentes, não voavam aprisionados. Aprisionados por algo, que fosse como lama em suas assas, que de tão delicadas, as lamas ao chão prendiam. Eu queria gritar por socorro, mas ninguém ouviria. e embebedada no sufoco, eu rezava, para um milagre. Eu rezava pela minha alma. A liberdade é o combustível da vida, e sem ela a alma evapora. Eu sumia a cada dia, evaporava e ninguém via. O ponto chegou. Descer em vez de seguir sozinha, talvez seja o começo da prisão da vida.
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